22/04
Foi uma situação difícil e está sendo bem complicado. Para uma pessoa ativa, que detesta dar trabalho, ter que ficar de repouso e sentir todas as conseqüências desta cirurgia arriscada não tem sido nada fácil. Não entendo as razões de Deus para isso, apesar de saber que Ele as tem.
Dificil é saber que estava grávida, que uma vida crescia em mim e que, por erros, talvez, esta pessoinha está sofrendo bem mais que eu. Duro é entrar naquela UTI e ver minha pequena, ainda não totalmente formada, toda entubada.
Difícil é não poder tocá-la, abraçá-la, aquecer seu corpo junto ao meu. Não sei a sensação de sua boca sugando meu seio - apenas de uma bombinha fria e sem emoção. Não sei o que é sentir seu corpo mexendo dentro do meu....
Sei o que é estar em um andar cheio de mães com seus bebês ao lado chorando, mas não ter forças para ir ver minha filha, dois andares acima, lutando por sua vida. Sei qual é a sensação de sair de uma maternidade sem minha filha no colo, sabendo que um pedaço de mim está faltando. Com dores não apenas pelo corpo, mas por toda a minha alma.
A vontade de chorar e não parar mais é enorme. Mas, e se a pressão subir?! E se os pontos se abrirem?! E se eu piorar?! Nem me dar ao luxo de expôr minha dor eu posso.
Quero melhorar logo - voltar a ser quem eu era para também dar forças a minha filha e ao meu marido (que, sem ele, nem sei o que teria sido de mim.... Ele foi e é espetacular!!! Espero um dia poder retribuir sua dedicação - não quero que ele fique doente, mas de outra forma, claro!!!).
Que nossa filha ganhe peso, saia do hospital e saiba que toda a sua vida foi uma grande VITÓRIA!!!! Recheada de lágrimas, mas que seja repleta e cheia de sorrisos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Aguardamos, ansiosamente, seus comentários!