terça-feira, 5 de abril de 2016

SOBRE O PERDÃO...

Boa Tarde, Pessoas.

Dizem por aí que quando a gente erra é muito difícil pedir perdão. Tenho que concordar que, se a pessoa tem um gênio difícil como o meu, realmente é. Pessoas com a minha personalidade têm que se desdobrar para reconhecer que errou. Admito isso.

Mas não é por isso que eu dou o Direito de dizerem que perdoar é fácil, que difícil é pedir perdão. Que, quando uma pessoa pede perdão, a outra tem que dar o mérito a esta pessoa e perdoar. Pera lá! As coisas não são bem assim!

Acho que, por ter essa dificuldade em pedir desculpas, eu também sei reconhecer quando alguém está realmente sendo sincero em seu pedido de desculpa (claro que, coração de Homem é terra que ninguém conhece, mas...).

Por este motivo, também tenho que reconhecer que, aquele que foi ofendido também tem um grande mérito na questão toda. Afinal, a ofensa doeu em quem? O "tapa" foi em quem? Não é porque o outro está arrependido que você é obrigado a perdoar.

Primeiro que muita gente confunde perdão com esquecimento. NÃO É A MESMA COISA, OK?!

A Bíblia diz que quando pedimos perdão a Deus por nossos erros, Ele os lança fora. Diz que os lança no buraco mais profundo do mar e nunca mais se recorda. Mas nós não somos Deus, certo? A pessoa NUNCA vai esquecer o que você fez ou falou.

O que acontece quando o perdão ocorre de verdade é que, quando a pessoa lembra da ofensa, aquilo não dói mais, não machuca mais. Essa é a diferença. A pessoa lembra e sabe o que aconteceu, mas não permite que aquilo doa mais.

Existem coisas em nossas vidas que juramos que jamais perdoaríamos. Até que acontece conosco. E, às vezes, por mais raiva que você tenha ficado, ao ver a outra parte realmente arrependida, você opta por perdoar. E aí, meu querido, é você com você mesmo! Porque ninguém sabe o quanto aquilo lhe magoou - só você.

O perdão nem sempre vem acompanhado de um pedido de desculpas. Muitas vezes, a pessoa ofendida opta por perdoar mesmo sem qualquer contato com o ofensor. E olha que isso acontece mais vezes do que se imagina.

Uma vez, eu ouvi um pastor dizer que, quando estamos com raiva e mágoa de algupem, nós carregamos esta pessoa em nossas costas. Ou seja, em qualquer lugar que você esteja, o outro está ali, montado em suas costas, com todo o seu peso. Perdoar seria tirar este peso de cima de nós.

Quem me conhece a fundo sabe que passei por um abuso quando adolescente. As consequências disso eu vou carregar para sempre - pois mudaram quem eu era fisicamente e psicologicamente. Mas, com anos de terapia, eu perdoei esta pessoa. Não quero qualquer contato com esta pessoa. Mas perdoei. Passou, ficou lá atrás. Lembrar disso não me machuca mais.

Óbvio que já passei por outras "n" situações em que tive que perdoar e outras muitas em que tive que pedir perdão. E, em ambos os casos, houve mérito de ambas as partes. Mérito meu em reconhecer o meu erro e mérito meu ao perdoar determinada pessoa.

O que eu quero deixar claro com este post é o seguinte: não se vanglorie porque você "foi humilde e pediu perdão". Você não faz idéia do quanto a ofensa atingiu a pessoa. Portanto, muito bonito da sua parte em reconhecer seu erro e pedir desculpas. Mas lembre-se do mérito do outro ao lhe conceder o perdão E REALMENTE MUDE.

Bom, é isso.

Boa semana


2 comentários:

  1. Muito bom.
    Somos humanos, imperfeitos e falhos.
    ������

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  2. Muito bom.
    Somos humanos, imperfeitos e falhos.
    ������

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