quarta-feira, 13 de maio de 2015

AMAMENTAÇÃO

Oi, Pessoas!

Hoje eu vou falar de um assunto que é um tanto quanto tabu para muitas mulheres. Tanto as grávidas quanto as que já são mães: A amamentação.

Primeiramente?! "Devo ou não amamentar?!" é uma questão que vive passando pela cabeça das mulheres grávidas.

Olha, vou contar a minha experiência e dar a minha opinião. Portanto, fiquem à vontade para discordarem, ok?!

Na gravidez da Juju, eu queria muito, mas muito mesmo amamentar. Sonhava com este momento. Mas aí, tudo aconteceu daquela forma completamente bizarra e ela foi para a UTI Neo e eu para o CTI. Fui conhecer minha filha depois de quase 03 dias do nascimento dela.

Foi muito difícil tudo o que vivi com a Juju e eu entrei em depressão pós parto (está tudo relatado nos posts da época - Abril 2010). Então, eu tive que escolher entre tomar medicação para a depressão ou amamentar. Não ia poder ter as duas coisas.

Gente, a questão era: minha filha precisava de mim. Eu precisava estar bem para ela. Então, ou eu ficava bem para cuidar da minha filha ou eu amamentava. Sinceramente?! Eu nem pestanejei. Optei por ficar bem para a Juju. Amamentar era meu sonho, mas ficou de lado naquele momento porque algo se tornou prioridade.

Lá na UTI Neo que a Juju ficou tinha uma outra mãe, que estava sempre lá também. Não me recordo o nome dela. Mas lembro que ela também não amamentava. O motivo?! Ela começou uma quimioterapia logo depois do nascimento do bebê. Ela estava com câncer de mama. E ela também optou por ficar saudável para cuidar de seu bebê.

E então, agora, 05 anos depois, veio o João Pedro. E o sonho de amamentar voltou.

Vale lembrar que, em ambas as gestações eu tive leite, ok?! Na da Juju eu tive que tirar com bombinha (primeiro, pra dar para ela na UTI Neo e depois, para não empedrar). Na do João, o colostro começou a sair quando eu entrei no 8º mês.

Na sala de parto, após o nascimento do João, a pediatra que nos acompanhava apertou meu seio e me deu os parabéns porque, apesar de ter prótese nos seios, eu tinha bastante colostro saindo de ambos. Iupi! Eu poderia amamentar.

Era meu sonho! EU SUPER APOIO A AMAMENTAÇÃO!!!

Primeiros dias e, apesar de beber muita água e seguir todas as recomendações para ter muito leite, parecia que o que eu tinha era pouco. Ouvia histórias de mulheres que o leite jorrava dos peitos, vazava em abundância, etc e etc... O meu, eu apertava, saía um pouco e ...?!

O João, desde que nasceu, não conseguia mamar mais de 20 minutos. E isso eu estimulando a cada minuto as bochechas. Gente, ele, simplesmente, se cansa e não quer sugar, não quer puxar, pára completamente.

Levei na pediatra. Depois de 15 dias de nascido, tendo perdido muito peso (pra idade dele, óbvio!), optamos por complementar as mamadas. Eu ia continuar amamentando - dava um peito, tirava o leite do outro e dava na mamadeira. O que faltasse para completar 60 ml, eu dava de LA).

Chorei muito quando ouvi o que a pediatra me mandou fazer. Como eu me culpei! Senti-me frustrada, triste, arrasada. A própria pediatra me consolou, junto com meu marido, enquanto eu me sentia triste, confusa e perdida.

"Onde eu errei?!" era a minha pergunta.

A verdade é que eu não errei em nada. A pegada do João no meu seio está correta, eu tenho leite (e não existe essa de leite fraco, ok?!) e eu queria amamentar. Então, qual era o problema?! O problema é que não estava sendo suficiente pra ele.

E sem essa de deixar o bebê com fome pra forçá-lo a "pegar" o peito. Porque, se eu deixasse o João 24 horas sem mamar, as chances de ele sofrer uma hipoglicemia era maior do que  a dele chorar de fome. O João não acordava para mamar, não chorava para mamar ou por estar sujo.

Sim, eu sou a favor da amamentação! Sim, eu queria amamentar! Sim, eu me frustrei porque não pude amamentar o João até os 06 meses.

Mas ele precisou de complemento e eu optei por manter meu filho saudável e bem nutrido. 

Eu continuo dando o peito antes da mamadeira em todas as mamadas. E, a média de tempo dele no peito é de 10 minutos. Ele, simplesmente, larga o peito. Então, eu dou a mamadeira e ela mama tudo. E assim eu percebo que ele fica satisfeito.

Fui muito criticada por dar complemento. Tanto que nem falei para as pessoas da mamadeira. Ouvi cada coisa que, seu eu contar, vocês ficaram chocados! Desde o simples comentário maldoso de "ah, o seu leite deve ser muito fraco" à "Seu leite deve ser fraco por você se alimentar mal" até "você, com certeza tem pouco leite".

Preferi me abster destes comentários e seguir as orientações da pediatra. João voltou a ganhar peso e, hoje, esta com a carinha linda de bebê de um mês!!!!

Então, meu conselho pra você é: é seu sonho é amamentar, tente, ao máximo realizá-lo! Mas, não coloque sua saúde e a de seu bebê em risco por conta disso!!! Não se culpe, não se atormente, não fique deprimida se, por qualquer motivo, você não puder amamentar!

Seu bebê precisa que você fique bem!

Não existe essa de leite fraco, mulherada! Pode ser que a mulher tenha pouco leite (pode acontecer com qualquer uma!). O fato do leite não jorrar do seu peito em abundância, de não sair jatos de leite quando você aperta seu seio e de o soutien não ficar todo sujo de leite que vazou, não significa que você tenha que dar complemento!

Tudo vai de caso a caso! Não quero lhe dizer para que desista também na primeira dificuldade! Poxa, também não!!! Nem oito, nem oitenta!!! Tente, ao máximo, amamentar! Isso faz bem para o seu bebê e é ótimo para a mulher também!

É tão gostosa a sensação de alimentar seu bebê!

Mas ó! Pode doer, pode sangrar, pode machucar o seio.... Nossa! Pode muita coisa - e mesmo com a pegada certa porque, no meu caso, o João mama direitinho e eu tive tudo isso (uma vez, sangrou no rosto dele....). Mas não desisti! E minha sugestão é: não desista!

Mas não se frustre nem se critique ou se martirize se tiver que entrar com o LA. Pode acontecer! E não se deixe abater pelas críticas e "bocas grandes" que aparecerem em seu caminho! Você, mãe, saberá o que é melhor para o seu bebê, junto com o pediatra que você confiar.

Boa semana!


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